terça-feira, 4 de setembro de 2012

Fotografia cega

Quinta-feira passada, na aula de escola e cultura, fizemos um trabalho de fotografia cega bem bacana. O professor tinha nos passado um texto para ler a respeito dos sonhos dos cegos: como será que eles sonham? Qual será a percepção que eles têm?

Depois de uma breve discussão a respeito do texto, de um vídeo e de umas dinâmicas, nos separamos em grupos para  a atividade.



Cada grupo recebeu uma venda. O vídeo que assistimos antes era um trecho do documentário Janelas da Alma, que mostra um cego que se tornou... fotógrafo. Por isso, nossa tarefa era ter uma ideia de como é tirar fotografia cega. Um dos integrantes deveria colocar a venda e ser guiado pelos demais, até que sentisse encontrar algo digno de ser fotografado. Então ele explicaria o que estava sentindo e como gostaria que ficasse a foto, e outra pessoa tiraria para ele.

A primeira do nosso grupo foi a Rosires. Nós andamos bastante com ela, por um caminho que eu nem conhecia. Ela foi guiada até um lugar com várias árvores. Nisso, ela ouviu o barulho do vento bem forte nas árvores e pediu para tirarmos foto do local de onde ela ouvia o som vindo. Na minha opinião, foi a foto mais legal. Ela disse que não tinha certeza do que era, podia ser um ar condicionado.

Fotografia cega

Depois foi a vez do Cadu. Nós começamos a dar a volta com ele, até que passamos por um lugar com terreno bem irregular. Como ele estava vendado, sempre avisávamos quando teríamos que passar por um buraco ou algo assim. Tentamos descrever o local onde estávamos como uma "espécie de trincheirinha". Ele achou interessante e pediu para fotografarmos.

fotografia cega

A seguir, o Lucas colocou a venda e continuamos o percurso com ele. Passamos por uma sala de aula com salas de vidro. Comentamos isso e ele perguntou como era a aula. Algumas pessoas estavam sentadas em esteiras de ginástica, fazendo alongamento. Ele quis tirar uma foto, mas achamos que as pessoas iam achar estranho (mais do que alguém passando vendado do lado de fora) e seguimos. Voltamos ao local onde outros grupos estavam. Lucas ouviu as vozes e resolveu fotografar outro grupo.

Fotografia cega

Eu fui a próxima! Fui bem clara: queria que me levassem a um lugar onde eu pudesse "sentir a natureza". Eles me levaram até algumas árvores que estavam próximas e me guiaram para toca-las, mas eu não gostei porque o tronco parecia muito seco. Queria algo mais "cheio de vida". Então sugeriram me levar para o jardim dentro do instituto, se eu não me importasse com as pessoas me olhando com curiosidade. É claro que não, então fomos para lá. Eu nunca tinha entrado no jardim, então realmente não sabia como ele é e pedi para descreverem. Eles descreveram e me fizeram tocar nas folhas das plantas. Eu falei quais plantas queria incluir na fotografia. Quando tirei a venda, vi que o jardim era bem diferente do que tinha imaginado!

Fotografia cega

Pra terminar, o Daniel também foi claro: ele queria tirar foto de uma árvore. Pensamos que árvore seria legal, e o levamos até uma árvore que tem vários galhos "caindo" e essas coisinhas vermelhas. Descrevemos a árvore, ele tocou os galhos e gostou. Também dissemos que a lua estava bem bonita entre os galhos, e ele falou que queria uma foto com os galhos e a lua. Só não deu pra sair a lua na foto...

Fotografia cega

Gostei muito dessa atividade, mesmo! Como peguei a disciplina à noite (pra ter tempo de estudar piano durante a tarde, já que meus vizinhos não ficariam felizes se eu fizesse o contrário), não estou fazendo com a minha turma, e sim com a turma de educação física. Estou ficando mais perto das outras pessoas que também não são da turma de educação física, e me diverti bastante com meu grupo :3 Fiquei até com vontade de juntar um pessoal pra brincar disso no Ibirapuera.

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