Poesia que ficou em 1º lugar no concurso literário do Cotuca (Colégio Técnico da Unicamp) em 2006. Eu não fui à premiação. Na verdade eu nem lembrava quando era, porque achei que não fosse ganhar. Fiquei sabendo que ganhei quando amigos revoltados me perguntaram por que diabos eu não estava lá. Eu ganhei um livro do Paulo Leminski, btw. No ano anterior eu ganhei uma medalha também, mas nesse não teve. =(
Eu gosto dessa poesia e ao mesmo tempo não gosto. Gosto de toda a parte musical, mas eu misturei outro tema no meio (vampiros) e ficou meio... sei lá. Na verdade, é difícil eu gostar de alguma coisa que escrevo; a maioria acaba no lixo.
Costumo escrever poesias em oitava rima. (versos decassílabos, ABABABCC. Às vezes eu uso onze sílabas.)
Ok, agora escrevi a poesia aqui e voltei a gostar dela. Estou surpresa, fazia só duas semanas que eu tinha começado com as aulas de piano.
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Partitura
Além do sonho, além da realidade.
A realidade tornando-se sonho,
O sonho tornando-se real de verdade.
Ouço as músicas que ponho e componho,
Mais preciosas do que jazidas de jades.
Mãos trêmulas como um trovão tristonho,
Tocando um fino hino cristalino,
Sem silêncio, suave soar destes sinos.
Dando meus passos, seguindo o compasso.
Toco acordes para que você acorde
Em meus braços, por você é tudo o que faço.
Ó sorte, leve-me àquele que morde
Com abraço; em meu cabelo um laço
Apenas para agradá-lo, milorde...
Eu canto e danço e não canso de amar,
Bailarina de caixinha a rodopiar...
Tic tac toe, todo o tempo se transforma
Nas cinco linhas deste pentagrama.
Tic tac, corre, transcorre, toma forma.
Na cama ou na grama, consuma-se a chama,
Pois amor com ardor é claro que orna,
Até o infinito é pouco pra quem ama.
Mínima, duas semínimas, tão ínfimas.
Lime a lima, rima em cima de rima.
E neste ensejo, prossiga o solfejo.
Ouça a harmonia, sinta a melodia.
A lua azul vai realizar o festejo
- verdadeira sinfonia da alegria -
Quando realizar-se nosso desejo.
Sorria, cantaremos juntos um dia.
Pois roubei seu coração e não devolvo.
Da Capo al Fine, de novo e de novo...
Patricia Kawaguchi
18 de agosto de 2006
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